Monday, August 25, 2014

Mulher Fauve

Rasgo as páginas da nova, Cláudia ou qualquer revista que tentou me ensinar o que era ser mulher. Abro as páginas do meu livro sagrado e sinto o verdadeiro desabrochar. Sem mídias e propagandas da C&A, cada um é por dentro algo a mais, um ser mulher. Alegria, música e cor que só os fauvistas conseguiram relatar. Sem nudez ou pornografias, sem melões e melancias. O selvagem transvestido de naturalidade, ser espontâneo, luz, vento e melodia fazem vibrar o frescor dos ventos no cabelo, sorriso colorido e balada simples que faz acender felicidade, juventude. Mulher jovem brinca de encantar-se. Dança um movimento descomplicado, sem diluições, sem depravações... Vai fluindo com os pés no chão, cadência que se ritma espontaneamente, pés e braços, corpo inteiro e coração. Sou mulher, simples, nem popozuda nem bailarina. Sem extremos, fauve, mulher de Matisse, mulher de mim mesma. Alegria é o pólen que me seduz.