Sunday, November 5, 2017

Tempo do reencontro

Tempo do Reencontro

Pelas faíscas que não me fizeram apagar
Diante da dor e da opressão
De tanto que balançaram minhas folhas
Eu já não via mais em mim nenhuma função
Como árvore que acredita que chegou o momento de tombar
É caminho fatal para quase tudo que não tem utilização
A árvore atrofia
Quando na rotina não brota mais água que sacia
Por isso sigo a perambular pelo mundo
Conheço muito mais de busca
Do que de se fixar em tudo
Não gosto de buscar racionalmente
Quem vai na frente é um desejo latante
Daqueles que sabe o que realmente sente
Entre o que foi e o que será
Abro o peito e me assento no presente
Aonde a certeza do viajante
Alinha o prumo
Abraçando o horizonte
Que só quem é presente pode ganhar

Georgia, 2017

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