Friday, January 27, 2017

Existência indestrutível


Sinto a natureza ao meu redor
E toda eternidade que nos cerca
Eu e ela devemos ser um só
O sol nunca deixará de me aquecer
Nem o vento de me balançar
O acaso  batiza meu dia a dia
E de alguma maneira somos indestrutíveis
Ninguém apagará o azul do céu
Nem as folhas deixarão de cintilar seu verde sem fel

O corpo que em mim habita
É eterno em sua transformação
Continuará eternamente terra
Como todos os outros que minha alma já habitou

Eu sou eterna
Como tudo que for e vier da vida
E não se pode destruir
O vento que sempre sopra
Habita em minha mente
Sou intermitente
Eu sou todas as histórias que já vivi
E carrego na coroa todo o futuro que há por vir

Na minha genética estao contidas todas as composições
Que entendem o que são rios, árvores e tufões
E de toda a eternidade que for natural
Por isso é tão empoderada
Das árvores que lembrarão que são árvores
Desabrocharão as flores que já carrego na minha impressão
Num futuro carregado de caminhos já aprendidos
Surgiram os frutos que doarão novas sementes
Nessa eterna Samsara
Que é re-existir

Georgia, 2017

Nudez Natural


Ninguém pode acelerar o rio
Assim como ninguém pode mandar o rio nascer
Só o Tempo é pleno em seus mistérios
Cria declives ao longo do caminho
Deixa a vida mais sinuosa
E com a cautela divina anuncia a próxima tromba d'água

Nada pior do que perder o curso
Sair do fluxo
Por uma pressa antinatural
Quão maior a fluidez
Mais o caminho segue sem escassez
O milagre se alinha ao cotidiano
E descobrir o véu se torna desnecessário
Se a vida é um eterno desnudar-se
Não há pressa que seduza nenhum olhar

Georgia, 2017

Paixão alforriada


Ainda sinto saudade das paixões desmedidas
Diversas vezes minha alma foi assim tão remexida
Paixão é o zero
Ponto de largada de toda alma bandida
A maturidade, uma safada
Não tem sentido ser a única parte inquerida
Não sei se já busquei quase tudo que queria achar
Mas já fazem muitos anos que o zero não abre a porta do meu despertar
Ou será que a seletividade me roubou a bandida
E apagou o feitiço de tudo aquilo que cega e fascina
Culpa do prazer que se expande na sedução cotidiana
E da liberdade que alforriou os desejos
Hoje perambulam por aí sem gerar quase nenhum atrito
Paixões cotidianas não lampejam nenhum frisson
São amigas gaiatas
Com todo o direito pra expressar sua emoção
Todos os dias o fogo passeia solto
Por isso não tem roubado mais o fôlego do povo
Não saqueiam o centro da equação
Nem destroem o que os impedem na sua locomoção
A liberdade da noite é a conquista da boêmia
Que não precisa mais de bares nem botecos pra viver sua anarquia
Conversam entre si acerca das cenas da próxima magia
Tem em todas as ruas sua passagem livre
Já que conquistou de volta a segurança que habita em sua ousadia

Georgia, 2017

Monday, January 23, 2017

A voz do silêncio

A voz do silêncio

O silêncio que não se propaga para todos ouvidos
Não é fato consumado
Apenas para quem quer ouví-lo
O silêncio é a voz mais barata do mercado
Estranha-me a excitação dos que só viveram diante do silêncio
Habituados a falas que nada dizem
E discursos desalinhados com a consistência
São como crianças diante do ruído de qualquer manifestação autêntica

A voz é ritmo
Que só caminha ao lado do Tempo
A poesia, cria minha
É a voz da vida que vibra em infinitas melodias
Não uso drogas
Apenas me concentro
Logo pois não há que se criar espaços
Não há encanto naquele que luta pra ressoar o seu canto
Feito robô de alguma guerra das estrelas
Não me apetece abrir caminhos para fora
Sou guerreira a minha maneira
Abro os caminhos que afetam minha expansão
O brilho que me interessa só flui a partir do centro do meu coração
Abro todos os espaços possíveis para a minha essencializacao

Não me seduz disputar por um lugar na vida das novelas
Essa história não combina com os dados que preenchem meu folhetim
Não estou aqui na vida à toa apenas para ganhar o meu dimdim
Nem prestígio por só viver o que nasceu de mim
Não nasci pra lutar pelo meu espaço
Só acredito no espaço que ja nasceu por dentro
Quase todo resto é conversa de falsos
Não é a voz que faz a gente ser verdadeiramente amado
Só não gosto de gastar saliva com quem não é um chato
Só falo o que vibro diante de quem é imensamente amado

Georgia, 2017

Som do amor

Som do amor

Amor é canção invisível ressoando no espaço
Sou alma de passarinho
Me embalando em cada nota imprevisível
A eterna fluidez das canções matinais
Ninguém pode ver as canções
É inviável, tenho dito
Tudo que é misterioso
E que não vejo
E sinto no corpo, na carne
Me toca, porque ouço
O amor é invisível
Ninguém soube dizer o que era o amor
Mas todo dia alguém vibra e canta
Enche todos os poros do corpo de encanto
O corpo vibra, volta à vida
E o recanto amoroso se preenche novamente
O preenchimento que só o invisível sabe dar
As notas invisíveis são como a força do ar
Correndo em minhas veias: oxigênio
Não há sangue sem hemoglobina
Não a vida que se perpetue de maneira previsível
O amor é a molécula oculta que não desgruda da minha corrente sanguínea

Georgia, 2017

Fruto oculto da neutralidade

Fruto oculto da neutralidade

Inegável sedução a que me lança rumo a libertação
Vazios indiferentes não alimentam minha pulsão
Tudo flui a sua maneira
Enquanto me esvazio sem moderação
Apenas me concentro nas vibrações que ressoam na mesma conexão
Não me interessa a mera manutenção
Nem faço meta em nenhuma relação
Meu instinto de preservação não se alimenta de medos nem condenação
O fato que me encerra é que não há nada a se perder
Uma vez que não há nada a se possuir
Apenas valorizo as conquistas de cada qualificação

Não compartilho conveniências
Nem faço par com a vitimização
Me desencanta qualquer tipo de favoritismo
O amor genuíno que reverbera não precisa de aprovação
Não dou passos em busca de recompensas
Nem me lanço em estórias que não alimentam minha doação
O equilíbrio que me rege se alimenta apenas das autênticas exaltações
Uma euforia poética que não se encerra em julgamentos
É o acolhimento do presente em sua desmascarada aceitação
A arte é sina não apenas pela força motriz da criação
É lei incorruptível que garante a liberdade de expressão
Nem todas parteiras de vida
Mas de alguma maneira neutralizam a putrefação

A liberdade que não se cansa das neutralidades
É movida apenas pela flor da simplicidade
Das temporalidades que ensinam respeito
E da impessoalidade que se dilui na coletividade
Aguardando o som de um desejo jamais almejado
Que mobilize a fera que caminha na beira da própria extinção
E quem sabe assim se acenda a verdadeira fogueira
Que anuncia o espírito que quer de fato sua reencarnação

Georgia, 2017

Saturday, January 21, 2017

Buscadora de passados

Buscadora de passados

Preciso perder as referências pra buscar o meu real encanto
Nesse quase tudo que descobri perambulando
É por isso que rodo meio mundo afora
Caçando sinais que me tragam de volta a mim
Apenas busco meu lugar no espaço
Que forma ou função não é o suficiente pra me preencher nessa vazão
Sou filosofia viva sempre a se manifestar
Num vão subjetivo que algumas pedras são capazes de estruturar
Não há passo que eu dê sem um lugar prévio a se caçar
Lanço as flechas assim que me sinaliza o tempo
E ja adentro a mata carregando comigo o alimento
Só por isso sou pedra firme em meu presente
Não ando a esmo desprecavida
A firmeza do meu presente é fruto do que já cacei
Não falo de tempos espaçados em distantes complexidades
Minha antiguidade é base que as vezes eu preciso estar
Todos os dias na mata eu preciso entrar
Sempre a tempo para que no agora já situado eu consiga estar
Não me interessam extensas reflexões
Carrego a filosofia que gera tudo que é possível criar
Sou todas as coisas que meu ontem buscou
Num passado que meu corpo ainda não estudou
E busco a mim mesma nesse eterno reencontrar
Sou caça e caçadora de mim mesma
Um som, um espaço, um cheiro
Tudo é cor na tela que eu decidir pintar
Tudo é vida na atmosfera que minha alma confia ao se revelar
Não sou produto do meio
Nem reflexo de imediatismos
Sou o passado que caça espaços
E jamais alimenta nevoeiros
Apenas oferece os verdadeiros presentes
Que animam uma estrutura que seja perceptível a qualquer estrangeiro
E só assim minha terra ganhou sentido
Sendo o singelo laboratório de minhas veladas alquimias
Não há ciência sem que se oriente o ar
Assim como vive o Sol sempre a se Orientar

Georgia, 2017

Maternidade magnética

Maternidade magnética

Sinto-me totalmente abduzida pela rotina
Aterrissei no dia-a-dia que tinha esquecido que existia
Deixei a vida me sugar em todas situações que eu me fizer útil
Quase não tomo decisoes
Quase não vivo meus desejos
Estou sempre sendo chamada em algum lugar
E discordo de quem disse que a poesia é a única virtude do inútil
Poeta velho amigo talvez não desabrochou outras realidades
Nem só de poesia vive meu dia-a-dia
Todo dia o galo canta me informando aonde começará meu dia
E a noite me ilumina pois tem gente que não recebe mais amor de dia

Há no mundo muita escuta pra quem carece de atenção
O grito aflito me atrai feito imã poderoso
Me abduz com um magnetismo gigantesco
E a sina da minha rotina é acolher todas emoções decaídas
Filhos da desesperança
Não há tempo pro lúdico
Quando a cura está segurando a mão da necessidade
O olho no olho que se apagou na pobreza capitalista
É a moeda que traz de volta a prosperidade
O desabafar sincero de quem reencontrou a confiança
É o alívio natural de quem no mundo só levou cortadas
Poder se ouvir todas insanidades sem o abraço da culpa
Nem a direção de um caminho correto
É o bálsamo de quem cansou de ser manipulado
Apenas poder acolher um presente imperfeito
Num mundo de extensas modulações
Não há composição que sustente o acolhimento no futuro
A vida pede colo no agora
E um corpo só as vezes parece pouco pra tanto amor que o mundo quer sugar
O problema não está no filho que não quer largar o peito
É não poder ter mais seio pra toda fome que o bendito imã me manda saciar

Georgia, 2017

Desabafos amorosos

Desabafos amorosos

Não me interessa camuflar imperfeições
Nem bancar muralhas que eu jamais virei a ser
Sigo verdadeiramente cansada de achismos antiquados
Recheados de velharias
Minha casa preservo com o mínimo de quinquilharia
Abandonei as repulsas
Me desfiz de adagas
Não há mais grades que forcem meu grito revolto
Não luto nem brigo mais diante das injustiças
A fogueira da heresia finalmente se apagou
Não há mais do que me proteger
Já desisti de ser esse tipo de guerreira
Caminho paciente em nova mente
E apenas choro meu alívio meio desnorteada
Diante de alguns espaços criados
Que minha consciência jamais caminhou por lá
Alivio meu coração no instante do segundo
Não convém dar compasso a máscaras em nenhum desabrochar
O cotidiano do meu pulsar é captado por qualquer um que de abraços precisar
Meu colo aberto foi Deus quem me mandou criar
E assim encontrei o amor diante dos abandonos consistentes
Se não houvesse a escuridão eu jamais buscaria em mim essa luz
E é só por isso que nunca mais deixarei de amar

Georgia, 2017

Água de peregrino

Água de peregrino

Pela força das circunstâncias
A vida me lançou rumo ao meu coração
O amor não se pode racionalizar
Nem entendido a partir de incoerentes interpretações
A água viva só é sentida pelos que tem sede
Caminhando desertos amuados
Corpo cansado depois de tanto açoite
Guardei em todas bromélias água a se doar
O milagre que conduziu os viajantes
No silêncio que só o sentimento sabe captar
Não é possível perceber o milagre quando não se tem sede
Os peregrinos sim
Sedentos por horizontes
Desafiam a própria morte em busca da liberdade
A misericórdia não esperou recomendações
Nem autorizações para ser decifrada
A vida é quem nasceu urgente
Espinhenta como os cactus sertanejos
Nunca deixou de florir mesmo sem cabimento ou consideração
Pois o valor da água só conhecem os que tem sede
Há que se espetar a mão dos desavisados
Pois a urgência da vida nunca pode se deixar pra lá
Todo aquele que atravessa o desconhecido
Sabe o valor que existe na água dada a todo peregrino

Georgia, 2017

Índia descolonizada

Índia descolonizada

De todos os riscos que envolvem a liberdade
Caem os cascalhos no chão que aterrorizam as multidões
Não posso mais me doar com sacrifícios
Nem há luz no que me seduz por medo
Busco apenas conexões sinceras
Dessas que não há racionalidade para explicar
Porque algo sem culpas simplesmente é o que é
Não queimo mais na fogueira cristã
O diabo que me perseguiu morreu de febre terçã
Não há mais a possibilidade de abandonos
O favoritismo não se contrasta mais com o ser-submisso
O caminho do meio traz de volta a liberdade
Não proclamo austeridades
Apenas me destaco de exagerados contrastes
Da irresponsabilidade que não me enaltece
A maturidade das perdas oferece a melhor oferenda
De que nenhuma infantilidade foi capaz de suportar
A ousadia que apenas as sutilezas são capazes de ancorar
O fogo autêntico que brota da minha natureza
Já cansei de me movimentar pela força dos chicotes
Não há transparência em nenhum índio preso em nevoeiros
Hoje me devolvo a mim mesma
E compreendo as rebeldias que se desapegam
De toda uma ancestralidade guerreira presa em cativeiros
Minha liberdade indígena que demorei tanto pra captar
Presa a tantos conceitos emprestados
Sofri demais amarrada a tanta catequese
Caminho no mato novamente que mora dentro de mim
A maior liberdade que corre em minhas veias
É aquela que brota de dentro da natureza
Não me estranho mais com minha selvageria
Meu grito alforriado não há mais o que revirar
Meu horizonte une os mundos que carreguei dentro do meu ser
Me cederam a força dos viajantes
Pra que em algum momento eu lembrasse a liberdade de um índio
Que aqui esteve antes de se colonizar meu verdadeiro Brasil

Georgia, 2017

Estrada da liberdade

Estrada da liberdade

Só as pedras podem dar sustentação a quem nasceu tão livre
Encontro em todas estradas outros como eu
Se não fosse a estrada eu não seria vocês
Se não fossem meus pés no chão vocês não se cruzariam em mim
Preciso de estradas para encarnar minha liberdade
Ser um alguém que vive a perambular
Só assim posso deixar o rio fluir
Tudo vem a mim
E só assim me chega o tempo da fluidez
A estrada é quem nos leva
E as correntezas quem nos carregam
Ao lado de infinitas pedras
Que amparam e sustentam nossa tamanha liberdade
Paredões montanhosos são nossos ninhos
Daqueles que nasceram para além da permissão poder voar
E só assim se conectar com a mais autêntica fluidez
De todo rastro que me conduz
Para em eterna confiança minha leveza me abraçar

Georgia, 2017

Sobre ser só mais um

Sobre ser só mais um

A alegria mais simples
Aquela que se contém em ser apenas mais um
O especial se esconde atrás do medo
A simplicidade não precisa de reinados
O único trono repousa em meu coração
Não me falta amor
Não importa a intenção
Nem me interessa a dimensão
Diversas maneiras de se amar
Amar a si para só assim então poder o outro amar
Cada vez com mais profundidade
A liberdade me penetra sem economias
Transformou no hoje
E removi com alegria meus cascalhos
O amanhã diamantino nos contentará
O brilho que só a lapidação é capaz de nos dar
A libertação está contida em toda qualificação
Meu ego se desprende com felicidade
Ser só mais uma é minha maior afetividade
Pois só assim seremos UM

Georgia, 2017

A voz quando toca

A voz quando toca

"Aquele versinho que me tocou
em partes e pontos tão relevantes
existentes no que me faz de verdade viver
Experiências que ainda não sabem ser líricas
E por serem tão vivas
como ventos, brisas e furacões
abriram-se cadeados, portas e janelas

E dentro de mim ouviu-se uma orquestra inteira
Sonorizada por anjos, arcanjos e querubins
Que vivem e esperam o momento à se revelar
Nessa fusão de infinitudes possíveis
Quando momentos e pessoas os vêem, os tocam
E os convidam para dançar a Vida na superfície
do meu Oceano Estelar."

Renascimento laboral

Renascimento laboral 🕊

Nunca o início está como o vi pela última vez
Voltar no começo nunca traz de volta a mesma direção
Na fonte tudo muda em todos os tempos
E faz em mim brotar uma vida que tudo mudará

Na fortaleza da minha natureza
Sempre estou a me reformular
Nunca renasço para apenas continuar
Renascer envolve infinitas direções
Abre o fluxo para novíssimas mutações
A fonte que em mim habita não apenas me reernegiza
É a mais fina flor que meu espírito dinamiza

O cheiro de asfalto nunca me inquieta da mesma maneira
Contrasta a natureza que habita em mim
E me faz ir além de diversas fronteiras
O perfume do amor é fato consumado na nascente das corredeiras
Cristalização inevitável pra quem é predestinado a viver em incessantes piracemas

Benditas transformações que se anunciam no horizonte
Na correnteza natural já correm os peixinhos em plena maturação
Descendo o rio das belezas
Sigo perfumada com as flores que dão vida ao meu sertão
Meu corpo segue amado pelas pedras que se eternizam no tempo
E meu seio sem véu
É a porta aberta da morada do céu

Meu peito voa ao léu sem medo
Me sinto de verdade como um avião de papel
Nada embarreira a leveza do meu ser criança
Sou menina do rio correndo nas estradas
Eu sou de todos os lugares
Minha família está em todas lamparinas que alumiam o coração

Estou aberta
Eu sou criança
Eu sou o novo
De novo
No ovo
<3

Georgia, ainda em 2016

Tuesday, January 3, 2017

Vida em bando

Vida em Bando

A lua mingua
e a amizade é meu maior requinte
Sou um bicho bandoleiro
Só sei viver enroscada com a boiada
Solidão não me enaltece mais
Apesar de todas travessias que foram almejadas
Com os meus eu sou mais eu
Alma que se integra a confrarias
Irmandades que carrego de outras vidas
Reencontros necessários pra seguir na construção
Cada passo que dou pra dentro
Me volto para a matilha
Minha natureza é gregária
Só em bando meu coração desagua
Tenho amor demais pra voar apenas com uma arara
Minha alma tem rotinas tribais
Que não se encerram apenas em rituais
Todo dia almejo por uma vida comunitária
Nas linhas da minha mão
O meu destino é viver em clã
Meu peito ensaia essa composição
Não há gaiola que se sustente na toada da minha canção

Georgia, 2016