Thursday, August 17, 2017

Tempo da puberdade

Tempo da puberdade

Agora o que tenho a dizer
São navalhas de sentimento
De alguém que escolheu sentir
E validar aquilo que à minh'alma atiça
Pensamento não me dá vazão
Desfaço-me das razões
E meço a temperatura pra me lançar apenas no que dá tesão
Só acredito naquilo que vira sensação
Dor, amor, não importa
A sina de quem é mais que sobrevivente
E não busca apenas uma liberdade ideológica
Sou alguém cansada de retórica
Mas se na carne a alma extravaza
Faz-me vibrar
Testemunho pois minha existência
É minha carne quem me dá vida
Todo o resto é apenas teoria
À minha mente dou-lhe a função de buscar o que me qualifica
Sou caçadora de sentimento
E minha vida é o eterno apelo
De uma puberdade que rompeu a virgindade
É sempre o novo que desfaz a inocência da castidade

Georgia, 2017

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