Fortaleza/Brazil 2006 |
Meu medo moveu montanhas e criou um novo sistema adaptável. Deixei de viver, de amar, de me arriscar. O novo, o estranho, o medonho: todas quimeras do dia-a-dia que tento gladiar. Mas faltam forças. Sou impotente diante de tantas barreiras inventadas e criadas não pelo Bush nem pelo Papa; é simplesmente (ou não) Georgia.
A mente criativa, expansiva e indelével. Que cegou; emparedou. Estou presa(!).
A batalha navalha. E navalha o narciso masoquista. Contra meu poder, minha criação, meu instrumento de trabalho. E será que vale a pena a auto-mutilação? É depredar a mente ativa e expansiva adaptada para extrapolar; ilimitar. Decepar a fluidez do pensamento, decapitar a expansão em movimento.
Ela tomou vida própria. Criou, rebuscou, recriou. E trouxe o medo, a nóia, paranóia: a parede.
Georgia Cardoso
em 30.05.2006
No comments:
Post a Comment