Friday, December 2, 2016

Cegueira noturna



Eu não medirei esforços nessa expansão
O primeiro dia de minha libertação já foi anunciado:
Não invocarei meu Deus aonde residir o meu ser finado!
Um eu plasmado injustamente não caminha mais no meu roçado
Minha estrutura não se encanta com devaneios
Meu castelo não coleciona jóias sem fundamento
Não sou bengala nem muito menos tapete
Nenhuma cegueira diurna é capaz de tirar o brilho do meu Sol
A luz não precisa de testemunhas para cumprir sua missão
Nem deixa de banhar o corpo dos cegos para que haja a necessária metabolização
A semente que brota todo um novo paradigma
Atravessa finitas camadas de substrato até sua revelação
Na fundura da sua raíz rasga a terra com uma nova diretriz
Você imagina quantas sementes já se perderam nessa travessia?
É chegada a hora de uma nova forma de fazer poesia!

Georgia, 2016

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