Monday, November 14, 2016

Experimentos Existenciais

Experimentos existenciais
Eu que não me contento com o que os olhos veem
Construí minha realidade dentro dos meus sonhos
Algumas telas estão inacabadas
Muitas outras vivem por fazer
Duvido profundamente que eu só esteja aonde posso tocar
Não me encerro aonde meu corpo insiste em ficar
Devo ser alguém diluído
Minha alma está aonde minha memória brotar
Não existe separação quando a lembrança me acionar
A falta que me movimenta mora no desejo e na vontade de poder sentir
Por isso continuo pintando
E a eterna construção é a sina do meu ser mulher
Minha condição humana ativa o dom da gravidade
Eu sei e aceito que as nuvens jamais descerão
Mas o calor da minha existência proclama alguma combustão
Os pingos da chuva assim me acalmam
Me abraçam e fazem essa conexão
Tornando de alguma maneira minha existência real
E o sonho mesmo distante abençoa este território
Que não mais se deixa existir em vão
Algo em mim, assim, sempre vai vingar
Georgia, 2016

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