Sunday, November 20, 2016

Transições Poéticas


De que me vale tanta coincidência
Se efetivamente não me desperta sua utilidade
Não me carece perder mais tempo
Impregnada em sincronias
Que nunca vingarão em meu jardim
De que vale colocar meu prazer
Impregnado em emaranhados
Que nunca desatarão seus nós
Perdoe-me a falta de expectativa
Mas não acredito em promessas sem vida
Nem em potros de cavalaria
Reconheço apenas os bichos silvestres
Que na sua liberdade desmedida
Me acenam novas possibilidades
Pra coisas que eu se quer imaginaria
Georgia, 2016

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